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Um dos principais benefícios da energia solar é a economia de energia, mas como calcular essa economia gerada pela energia solar?

Neste artigo, iremos explorar os passos essenciais para calcular a economia gerada pela energia solar, abordando tópicos importantes e fornecendo uma fórmula simples para ajudá-lo a realizar o cálculo.

Antes disso, é importante destacar que os sistemas fotovoltaicos On-grid não zeram completamente a conta de energia elétrica. Por apresentarem conexão à rede da distribuidora, é necessário arcar com as taxas relacionadas ao uso da infraestrutura da rede. Isso significa que, mesmo que o sistema solar produza toda a energia consumida em sua residência, ainda será preciso pagar essas taxas. Listaremos uma a uma ao longo do artigo.

Inicialmente, é essencial compreender a composição detalhada da conta de energia elétrica, a qual a sua divisão consiste em dois elementos principais: Tarifa de Energia (TE) e Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD). A Tarifa de Energia (TE) representa o valor cobrado pelo consumo real de eletricidade, calculado com base na quantidade de energia elétrica utilizada durante o período de faturamento, medido em kWh.

Por outro lado, a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) refere-se ao custo associado à disponibilidade da rede de distribuição, ou seja, à infraestrutura utilizada para entregar a energia até a residência ou empresa.

economia gerada pela energia solar

Passos de como calcular a economia gerada pela energia solar

Consumo médio dos últimos 12 meses:

Comece calculando o consumo médio de energia elétrica nos últimos 12 meses. Esse valor servirá como base para comparar com a produção de energia solar.

histórico de consumo

Taxa de disponibilidade da rede:

A taxa de disponibilidade da rede possui cobrança de acordo com o seu tipo de ligação: monofásico, bifásico ou trifásico. Você pode conferir o seu tipo de ligação no cabeçalho da sua conta de energia. No caso do sistema monofásico, essa cobrança é referente a um valor de 30 kWh, no bifásico 50 kWh e no trifásico 100 kWh.

dados conta energia

De acordo com a RN 1.059/2023, o consumidor pagará a taxa de disponibilidade caso ela seja maior que a tarifa do Fio B. Essa tarifa são os custos vinculados a utilização da infraestrutura da rede de distribuição da concessionária local até as residências, comércios, indústrias e propriedades rurais). Ou seja, se o Fio B for mais caro que o custo de disponibilidade, pagará o Fio B, e no caso de o custo de disponibilidade ser mais caro que o Fio B, pagará o custo de disponibilidade. Não há cobrança em duplicidade.

Fio B:

As tarifas de uso do sistema de distribuição (TUSD) podem variar significativamente de uma concessionária para outra. Isso porque, determina-se o valor da TUSD para o “Fio B” através de uma análise que leva em conta o nível de adensamento populacional em cada área de concessão. As próprias concessionárias realizam essa análise, o que resulta em diferentes tarifas para diferentes regiões.

Vale lembrar que o Fio B possui cobrança apenas sobre a energia injetada na rede da concessionária, excluindo-se o consumo coincidente. Este consumo é a parcela da energia consumida pelo cliente que ocorre no mesmo horário da geração do sistema. Essa energia não passa pelo medidor de energia, portanto, não incidirá cobrança de Fio B nesta parcela.

Cálculo do Fio B:

Para realizar o cálculo da TUSD Fio B, precisamos consultar os resultados dos processos tarifários de distribuição da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), onde encontraremos o valor específico dessa tarifa. Os resultados podem ser acessados clicando aqui.

No menu do site, escolha a opção componentes tarifárias.

economia gerada pela energia solar

Após isso, basta preencher todos os dados necessários da planilha, como sigla, ano, base tarifária, subgrupo, modalidade, classe, etc. Neste caso, estamos utilizando como exemplo as tarifas da CPFL Paulista, no ano de 2023, subgrupo B1, modalidade convencional e subclasse residencial.

economia gerada pela energia solar

O resultado é apresentado de acordo com as escolhas feitas. Pode-se observar que a Tarifa de Aplicação da TUSD Fio B é 195,97 R$/MWh ou 0,19597 R$/kWh. Depois de obter o valor da TUSD Fio B, o próximo passo é verificar a tarifa aplicada pela distribuidora de energia elétrica.

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No caso da CPFL Paulista, o valor da tarifa TUSD para o grupo B em residência normal é 371,62 R$/MWh ou 0,37162 R$/kWh. Logo,

energia gerada pela energia solar

Portanto, 52,7% é a porcentagem correspondente ao Fio B dentro da Tarifa TUSD. Para os sistemas instalados a partir de 07/01/2023 a taxação do Fio B possui reajuste progressivo:

2023 – 15%
2024 – 30%
2025 – 45%
2026 – 60%
2027 – 75%
2028 – 90%

energia gerada pela energia solar

Taxa de iluminação pública:

O custo referente à taxa de iluminação pública não sofre abatimento pela energia solar, pois é uma taxa específica destinada ao financiamento da manutenção e operação da iluminação das vias públicas. Essa taxa possui cobrança independentemente do consumo de energia da propriedade. O cálculo pode ter uma variação de cidade para cidade e a cada mês, mas é possível vê-lo na conta de energia como Contribuição Custeio IP-CIP Municipal.

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PIS/COFINS E ICMS:

O cálculo do PIS (Programa de Integração Social) e da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) sobre a conta de energia elétrica envolve a aplicação de alíquotas sobre o valor total da fatura. As alíquotas variam de acordo com o tipo de consumidor (residencial, comercial, industrial, etc.) e com a legislação vigente, então é importante verificar as alíquotas específicas aplicáveis à sua situação.

A fórmula básica para calcular o valor do PIS e da COFINS é a seguinte:

economia gerada pela energia solar

No entanto, o PIS e COFINS em algumas legislações estaduais ou municipais podem isentar ou reduzir esses impostos para a energia solar produzida e consumida localmente. Isso pode variar de acordo com a região e é importante consultar as normas específicas do local onde o sistema está instalado para obter informações precisas sobre a tributação após a instalação de um sistema fotovoltaico.

O cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na conta de energia elétrica se basea na legislação tributária estadual, pois o ICMS é um imposto estadual no Brasil. As alíquotas e regras podem variar de estado para estado, portanto, é importante verificar as alíquotas específicas aplicáveis à sua localidade.

A fórmula básica para calcular o valor do ICMS na conta de energia é a seguinte:

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A isenção concedida pelo Governo Estadual por meio do Decreto nº 67.521, de 27/02/2023, estabelece que a isenção do ICMS sobre a TUSD aplica-se somente a energia injetada.

Cálculo da economia gerada pela energia solar na conta de luz

Dessa forma, o cálculo faz-se da seguinte forma:

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